O mercado de trabalho formal brasileiro começou 2007 em franca expansão. De janeiro a maio, segundo as estatísticas do Caged, foram criadas 913,8 mil vagas com carteira assinada, o melhor desempenho da história para o período. O crescimento do número de novos trabalhadores formais é de 18,9% sobre igual período do ano passado. Até agora, o melhor desempenho era do período janeiro-maio de 2004, quando a expansão foi de 10,5%.Nos cinco primeiros meses do ano, o setor de serviços foi quem mais abriu vagas, 289 mil. Em segundo ficou a indústria, com 271,6 mil, seguido da agropecuária, com 172,1 mil. Mas tanto serviços quanto indústria não bateram recordes. No primeiro caso, o melhor ano da história continua sendo 2005, quando de janeiro a maio foram abertas 304,4 mil vagas. A indústria registrou seu melhor período em 2004, com 278,8 mil. Já a agricultura superou o recorde registrado em 2004, quando nos primeiros cinco meses foram criados 137,9 mil postos formais. O governo aposta que 2007 será recorde na criação de empregos com carteira assinada. O melhor ano da história do Caged é 2004, com 1,523 milhão de empregos. No ano passado, foram 1,228 milhão.
IBGE
Se as estatísticas do Caged mostram forte aumento das contratações com carteira assinada, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não animam tanto. O instituto mede a situação do mercado de trabalho, incluindo trabalhadores formais e informais, nas seis principais regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre). Em maio, a taxa de desemprego ficou estagnada em 10,1% pelo terceiro mês consecutivo, apesar do bom desempenho da economia no período.
Os números mostram que o desemprego no país era maior do que se pensava. Com a economia aquecida, pessoas que estavam no chamado “desalento” (sem perspectiva de encontrar emprego) passam a procurar uma vaga, aumentando o contingente de brasileiros que se declaram desocupados. No entanto, a pesquisa do IBGE confirma que o emprego formal cresce mais que o informal. Entre maio de 2006 e maio deste ano, o emprego com carteira cresceu 3,9%, enquanto o informal recuou 1,3%. (MT)
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Fonte: Correio Braziliense
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