Entre os cerca de 8,6 mil sindicatos de trabalhadores registrados no Ministério do Trabalho, quase 60% informaram que não estão filiados a qualquer das centrais existentes. Estima-se que existam cerca de 18 mil sindicatos em todo o País. Mas o governo só contabiliza pouco mais de 13 mil. Segundo dados da PNAD, a massa de trabalhadores é de 27 milhões de pessoas. A taxa de sindicalização deste universo não ultrapassa 18%. Um índice muito baixo em comparação com os países desenvolvidos. Com um índice tão baixo de adesão às entidades classistas, as centrais correm o risco de engordarem seus caixas com o dinheiro do Imposto Sindical ao mesmo tempo em que representam uma pequena parte da massa de assalariados.
A legalização das centrais e o seu financiamento pelo Imposto Sindical não é assunto pacífico entre os sindicalistas. O professor João Guilherme, especialista no tema, defende esta nova fórmula, desde que seja provisória, enquanto sindicatos se organizam para viver apenas das contribuições espontâneas. “Saúdo a nova regulamentação como uma espécie de resgate histórico dos erros cometidos nas tentativas de organização do movimento sindical”, disse o cientista político.
As centrais ganham um reforço financeiro e o reconhecimento formal, mas vão enfrentar debates sobre a manutenção ou não do Imposto Sindical. “O movimento sindical está viciado, graças à contribuição compulsória que sustenta sindicatos sem representatividade, que sequer promovem lutas. O reconhecimento legal das centrais é necessário, já que nossa atuação nos deu legitimidade política, mas não pode redundar em acomodação. A CUT defende que a forma de financiamento mude o mais rapidamente possível”, afirma o presidente da organização, Artur Henrique. A entidade que ele preside receberá a maior fatia dos novos recursos.(LR)
Fonte: Correio Braziliense
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