quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Como será o trabalho daqui há 10 anos?

Será mais fácil ou mais difícil, criativo ou chato, humano ou digital? Será que as mulheres vão dominar o mundo? Será que as minorias (minorias?), gays e idosos terão um espaço maior ou diferenciado dentro das empresas?

A BusinessWeek fez recentemente uma extensa pesquisa com 2 mil executivos e gerentes médios americanos para descobrir como esses profissionais vêem o futuro do trabalho uma década a frente.

De cara, o que se descobriu na pesquisa é que as pessoas com menos de 30 anos estão menos dispostas a colocar o trabalho na frente da vida pessoal ou agradar aos seus chefes.
Veja alguns achados da pesquisa:

- 60% acredita que as condições de trabalho estarão mais favoráveis para a trabalhador médio, 39% não concorda.
- 82% acredita que a melhor maneira de motivar uma pessoa será a auto-realização e não o medo, 18% pensa que o medo é a melhor maneira de motivar um funcionário.
- 83% dos homens e 77% das mulheres acreditam que será mais fácil para uma mulher conseguir um trabalho bacana.
- 81% dos brancos acreditam que será mais fácil para as minorias raciais subir na vida, 68% dos não-brancos acreditam nisso.
- 33% das pessoas que ganham menos de 75 mil dólares por ano acreditam que os chefes terão mais poder sobre os funcionários no futuro, 26% de quem ganha acima de 150 mil acredita nisso.
- 54% das pessoas que trabalham em pequenas empresas gostam do trabalho que fazem, essa é a opinião de 44% dos funcionários das grandes empresas.
- 30% das pessoas que tem entre 25 a 34 anos acreditam que os funcionários com menos de 35 anos são preguiçosos, 49% daqueles que tem entre 35 e 54 acreditam nisso.
- Os fatores que mais assustam os homens são: China 52%, Wall Street 27%, a Esposa 11%, o Chefe 6%, o computador 4%; Os fatores que mais assustam as mulheres são: China 46%, Wall Street 35%, o Esposo 5%, o Chefe 7%, o computador 7%.
- 36% das pessoas afirmam que conseguiam fazer mais coisas antes da era do e-mail.
- 90% dos gerentes pensam que estão entre os 10% melhores do mundo.
- Mais de 1 em cada 4 trabalhadores com idade acima de 55 anos acredita que nunca irá se aposentar, somente 1 em 10 com idade inferior a 30 anos pensa a mesma coisa.
- 50% se diz satisfeito com o trabalho que tem, 29% gostaria de trabalhar no Google, 15% para o governo, 6% para bancos.
- 84% das pessoas com idade entre 25 e 34 trabalham para viver, apenas 16% vive para trabalhar; 72% das pessoas com 55 anos ou mais trabalhar para viver, 28% vive para trabalhar.

E o Brasil? O quê passa pela cabeça de quem tem menos de 30 anos? Será que eles estão vindo sem muita pressa, ambição ou vontade de mudar o mundo?
Isso é bom?

Como seria o trabalho se deixássemos as pessoas com menos de 30 anos definí-lo? O final de semana teria apenas dois dias? Haveria carteira de trabalho? Haveria funcionários e patrões? Haveria necessidade de estudar, fazer faculdades e cursos?

Um dado perturbador apontado pela pesquisa se relaciona com educação. A pesquisa mostra que depois de quase duas décadas de aumento de salário para trabalhadores formados, a coisa estagnou. Formação virou regra do jogo e não vantagem competitiva. Além disso, o aumento de 60% nos preços dos cursos está afastando os jovens que não vêem retorno algum em estudar. O número de jovens formados com idade entre 25 e 29 anos caiu drasticamente nos últimos anos.
Trabalhar para quê? Estudar para quê?

Eu sou otimista. Ter parte da juventude FOCADA em melhorar o mundo é melhor do que não ter nada.

Artigo retirado de www.bizrevolution.com.br

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