quinta-feira, 25 de junho de 2009

Desemprego fica em 8,8% em maio, quase estável em relação a abril

G1

Desemprego fica em 8,8% em maio, quase estável em relação a abril
Rendimento dos trabalhadores, no entanto, voltou a cair, mostra IBGE.Número de desempregados ficou em 2 milhões nas 6 regiões pesquisadas.

A taxa de desemprego no país ficou em 8,8% em maio, quase estável em comparação com o mês anterior, quando ficou em 8,9%. Foi o segundo mês consecutivo de estabilidade no indicador, após três meses de elevação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2008, o desemprego havia ficado em 7,9%.

O número de desempregados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas ficou em 2 milhões, também estável na comparação com abril, mas 13% maior em relação a maio do ano passado. Já a população ocupada ficou em 21 milhões, número igual ao registrado em abril. Regionalmente, houve alta de 1,5% em Belo Horizonte, na comparação mensal.

Na comparação com maio do ano passado, a população ocupada na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, ficou 6,0%. Já na construção houve alta de 12,9%, enquanto na educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social o crescimento foi de 4,4%.

Segundo o IBGE, o número de trabalhadores com carteira assinada (9,4 milhões) não variou em relação a abril e cresceu 2,1% comparado a maio de 2008.

Avaliação
Segundo o gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, disse que apesar da "estabilidade" na taxa de desemprego, o mercado de trabalho metropolitano "está menos favorável". Segundo ele, os dados da pesquisa mostram que o emprego "continua sentindo o efeito da crise".

"Há aumento no número de desocupados e o emprego formal está diminuindo o ritmo de crescimento", disse. Azeredo exemplificou que, na média de janeiro a maio de 2008 o número de vagas com carteira assinada aumentou 8,6% e, em igual período de 2009, aumentou bem menos (2,9%). "O número de empregos com carteira está mostrando evolução não satisfatória. (...) O mercado não está criando vagas e há procura por emprego, por isso o número de desocupados continua aumentando ante o ano passado" disse Azeredo, para quem "o número de geração de postos é pífio".

Rendimento tem nova queda
Apesar da estabilidade do emprego, a renda do trabalhador ficou menor na passagem de abril para maio. O rendimento médio real caiu 1,1%, para R$ 1.311,70. Na comparação com maio de 2008, o quadro foi de recuperação, com alta de 3,0%.

Na comparação mensal, a maior queda veio dos rendimentos dos militares e funcionários públicos, cujos rendimentos recuaram 2,8%. Já os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado viram seus rendimentos crescerem, em média, 5,5%. Regionalmente, em relação a abril, houve altas em Salvador (1,7%) e Belo Horizonte (4,3%), e recuos em Recife (-3,9%), Rio de Janeiro (-3,6%), São Paulo (-0,7%) e Porto Alegre (-2,2%).

O rendimento médio real domiciliar per capita também caiu 1,2% na passagem de abril para maio, para R$ 854,69. A massa de rendimento real efetivo da população ocupada somou R$ 27,6 bilhões, uma queda de 0,5% em relação a março e teve alta de 2,9% em relação com abril de 2008.

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