sexta-feira, 27 de julho de 2007

Desemprego cai em junho

Taxa recua para 9,7% pela primeira vez no ano. Criação de 184 mil vagas em São Paulo indica tendência de recuperação no país
O aquecimento da economia neste primeiro semestre finalmente se refletiu no mercado de trabalho. Pela primeira vez no ano, a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recuou para 9,7% em junho, após permanecer estagnada em 10,1% ao longo de três meses. Na comparação com junho do ano passado, quando a taxa estava em 10,4%, a melhora é ainda mais significativa. De acordo com Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), o recuo do indicador se deve à queda da taxa básica de juros (Selic) e à maior disponibilidade de crédito para o consumidor.
O bom desempenho do mercado de trabalho se deve principalmente ao comportamento de São Paulo, onde foram geradas 184 mil novas vagas no mês passado. Com isso, a taxa de desemprego na maior região metropolitana do país (as outras cinco pesquisadas são Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Recife e Belo Horizonte) recuou de 11,2% para 10,2%. Os postos criados em São Paulo representam quase dois terços do total de abertos nas seis regiões (284 mil).
Apesar da melhora na taxa, o rendimento médio real do trabalhador recuou 0,5% em relação a maio, para R$ 1.119,20. No entanto, na comparação com junho do ano passado, a renda continuou crescendo, com alta de 2,7%. De acordo com Azeredo, a forte melhora no mercado paulista é um bom indicativo para o restante do país. “Tudo o que acontece no mercado de trabalho ocorre primeiro nessa região, então há expectativa de que a mesma tendência apurada em São Paulo se estenda às outras regiões nos próximos meses. É um primeiro diagnóstico de que pode haver melhorias nos outros locais”, afirmou.
De acordo com os dados do IBGE, a taxa de desemprego média no primeiro semestre do ano ficou em 9,9%, contra 10,1% em igual período de 2006. Em compensação, o rendimento médio (R$ 1.116,70) recuou 4,4% na primeira metade do ano. Nos últimos 12 meses, o emprego com carteira assinada cresceu 4,9% nas seis regiões pesquisadas, onde foram abertas 403 mil vagas formais. No mesmo período, o emprego informal cresceu ainda mais, 5,5%. Em compensação, o rendimento médio dos trabalhadores formais recuou 2,1%, enquanto os informais obtiveram ganho de 9,4%.
Fonte: Correio Braziliense

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