quarta-feira, 4 de julho de 2007

Economia solidária gera 1,5 milhão de vagas

Ministério do Trabalho contabiliza 18,3 mil iniciativas do gênero no Brasil. Segundo Paul Singer, chefe da Senaes, maioria dos postos de trabalho é informal.
Há 18,3 mil "empreendimentos econômicos solidários" no Brasil, responsáveis por empregar 1,5 milhão de pessoas. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), órgão ligado do Ministério do Trabalho, nas comemorações de seus quatro anos de existência. A Senaes é chefiada pelo economista Paul Singer e tem orçamento previsto de R$ 48 milhões para 2007.

Singer explicou que a chamada "economia solidária" se caracteriza por grupos gerenciados democraticamente, nos quais o trabalho e o lucro são repartidos, como cooperativas, associações populares e fundos de crédito. Dentro deste conceito, cada empregado tem direito a dar seu voto sobre os rumos dos empreendimentos. "Grande parte da economia solidária é, infelizmente, informal. Estamos lutando para nos formalizar. É uma nova forma de de organizar o trabalho que vem se desenvolvendo no Brasil", disse o economista.

Recuperação de falências

Outro objetivo da Senaes é de recuperar empresas em processo de falência e instituir a economia solidária. Neste caso, o Ministério do Trabalho cita como exemplo o projeto Catende Harmonia - resultante da falência de uma usina de açúcar nos anos 80. Em 2002, os agricultores criaram uma cooperativa. Atualmente, o projeto envolve cerca de 4 mil famílias. Além de 48 engenhos, o patrimônio envolve uma hidrelétrica e uma olaria, entre outros.

No biênio 2005-2006, a Senaes informa ter apoiado 159 processos de recuperação de empresas que faliram e foram recuperadas por ex-empregados organizados. O balanço mostra também que cerca de 2,5 mil empreendimentos de economia solidária receberam apoio para aprimorar sua capacidade de geração de trabalho e renda, beneficiando mais de 35 mil trabalhadores diretamente.

A Senaes informa ainda que apóia, atualmente, 43 incubadoras universitárias de cooperativas populares, fornecendo assistência técnica e de gestão a grupos de produção e cooperativas, gerando mais de 14 mil postos de trabalhos diretos.
Fonte: G1

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