Ministério do Trabalho contabiliza 18,3 mil iniciativas do gênero no Brasil. Segundo Paul Singer, chefe da Senaes, maioria dos postos de trabalho é informal.
Há 18,3 mil "empreendimentos econômicos solidários" no Brasil, responsáveis por empregar 1,5 milhão de pessoas. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), órgão ligado do Ministério do Trabalho, nas comemorações de seus quatro anos de existência. A Senaes é chefiada pelo economista Paul Singer e tem orçamento previsto de R$ 48 milhões para 2007.
Singer explicou que a chamada "economia solidária" se caracteriza por grupos gerenciados democraticamente, nos quais o trabalho e o lucro são repartidos, como cooperativas, associações populares e fundos de crédito. Dentro deste conceito, cada empregado tem direito a dar seu voto sobre os rumos dos empreendimentos. "Grande parte da economia solidária é, infelizmente, informal. Estamos lutando para nos formalizar. É uma nova forma de de organizar o trabalho que vem se desenvolvendo no Brasil", disse o economista.
Recuperação de falências
Outro objetivo da Senaes é de recuperar empresas em processo de falência e instituir a economia solidária. Neste caso, o Ministério do Trabalho cita como exemplo o projeto Catende Harmonia - resultante da falência de uma usina de açúcar nos anos 80. Em 2002, os agricultores criaram uma cooperativa. Atualmente, o projeto envolve cerca de 4 mil famílias. Além de 48 engenhos, o patrimônio envolve uma hidrelétrica e uma olaria, entre outros.
No biênio 2005-2006, a Senaes informa ter apoiado 159 processos de recuperação de empresas que faliram e foram recuperadas por ex-empregados organizados. O balanço mostra também que cerca de 2,5 mil empreendimentos de economia solidária receberam apoio para aprimorar sua capacidade de geração de trabalho e renda, beneficiando mais de 35 mil trabalhadores diretamente.
A Senaes informa ainda que apóia, atualmente, 43 incubadoras universitárias de cooperativas populares, fornecendo assistência técnica e de gestão a grupos de produção e cooperativas, gerando mais de 14 mil postos de trabalhos diretos.
Fonte: G1
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