Os jovens têm uma história recente. Depois do reconhecimento vieram as cobranças por seus direitos. Por isso, na virada do século XX para o XXI, eles passaram não apenas a ser mais vistos pelo poder público, como também a influenciar na criação de políticas específicas. E isso não aconteceu em decorrência de uma rebeldia gratuita. É que os jovens passaram a engrossar a fila dos novos desempregados, no mundo. Conforme estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o desemprego juvenil pulou de 74 milhões para 85 milhões, em todo o mundo. O número representa o incremento 15% da população jovem desempregada, espalhados na maioria das regiões do Planeta, no período de 1995 a 2005, entre a população de 15 a 24 anos. No Ceará, os jovens respondem pela metade dos desempregados. Enquanto o mercado fica cada vez mais afunilado, os jovens buscam a todo custo furar o cerco, mas a luta é desigual, porque não dispõem de capacitação suficiente e as vagas diminuíram.
O aumento da quantidade de jovens no mundo fez com que passassem a ser mais vistos pelo poder público
O conceito de juventude é recente, como sua própria existência. Ainda assim, na Idade Moderna, os jovens vêm ganhando cada vez mais espaço na sociedade contemporânea. E isso não acontece por acaso. Na virada do século XX para o século XXI, os jovens passaram não apenas a ser mais vistos pelo poder público, como também a engrossar a fila dos novos desempregados.
Estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que o desemprego juvenil pulou de 74 milhões para 85 milhões, em todo o mundo. O número representa o incremento 15% da população mundial jovem desempregada, espalhados na maioria das regiões do planeta, no período de 1995 a 2005, entre a população de 15 a 24 anos.
No Brasil e no Ceará, os jovens respondem por metade dos desempregados, comenta Mardônio de Oliveira Costa, diretor de Estudos e Pesquisas do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT). O que significa que o índice de desocupados é três vezes maior entre os jovens do que entre a parcela adulta. Em termos percentuais, o desemprego mundial jovem saltou de 12,3% para 13,5%, na década de 1995/2005.
Isso faz com que os jovens formem o segmento mais afetado pelo desemprego no Planeta´, disse. No Ceará, cujos jovens correspondem a 1,6 milhão, do universo total de 8,1 milhões de pessoas, a população jovem aumentou de 18.93% para 20.21%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que houve um aumento de 363.021, por ano, no intervalo de 1995 a 2005. Quanto à participação da juventude nos postos de trabalhos formais, no País, ficou quase inalterada. Era de 16,72% em 1995, contra 16,92% em 2005.
Os jovens cearenses participam com cerca de 17% do estoque de empregos formais. Enquanto as oportunidades geradas de trabalho (formais e informais) nesta década, 732.784, apenas 12,5% (92.235) foram preenchidas por jovens. Segundo dados do IBGE, a taxa de desocupação entre jovens de 18 a 24 anos, no Brasil, chega a 17,8%, mesmo índice verificado na Região Nordeste. A taxa no Ceará atinge o percentual de 16,6%.
Fortaleza
Em Fortaleza, onde a estimativa é de que existam 730 mil jovens, na idade entre 15 a 29 anos, o índice de desempregados é de 30%, afirma Afonso de Sousa, assessor de Juventude da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF). ´Temos uma taxa européia de desemprego entre a população com idade acima de 29 anos e números alarmantes entre os jovens´.
Conforme Afonso, o governo foi obrigado a criar programas específicos para esta parcela da população. No entanto, adverte, não se trata apenas ´ocupar por ocupar´. Assegura que, ´não estamos fazendo políticas juvenis pensando em proteger a classe média da violência desses jovens. É necessário identificar que existe neles uma potencialidade desperdiçada´.
Para Mardônio Costa, é importante analisar o contexto no qual esses jovens estão inseridos. A primeira evidência é que a criação das oportunidades de trabalho não acompanha a taxa de crescimento dos jovens, que saltou de 18% para 20%, na década de 1995/2005.No Ceará, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004 (PNAD), a taxa de desemprego juvenil avançou de 9,32% para 16,48%. Na Região Metropolitana, a situação ainda é mais grave, passando de 17,09% para 26,69%.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
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