sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Câmara vai debater geração de emprego em Comissão Geral

A Câmara dos Deputados vai realizar nos próximos dias uma Comissão Geral para debater a geração de empregos no Brasil e a formalização do trabalho. A decisão sobre a realização do debate no plenário foi tomada hoje (16) durante reunião do presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), com representantes de dez centrais sindicais. A idéia é reunir, no encontro, representantes do setor empresarial e dos trabalhadores.
Chinaglia informou que antes da definição da data da Comissão Geral pretende se reunir também com o segmento patronal, para então discutir uma agenda de debates. "Estamos fazendo um plano de trabalho para discutir os grandes temas. Ouvimos as centrais sindicais e vamos ouvir também os empresários. E não vai ficar só nisso: nós queremos estabelecer aqui uma nova relação com setores organizados da sociedade", disse.
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, as centrais sindicais estão unidas em torno de uma agenda de trabalho que envolve temas como a legalização das centrais sindicais e dos sindicatos dos aposentados. "Queremos debater e encontrar uma solução para regulamentar a questão do trabalho no comércio aos domingos, a questão da terceirização da mão-de-obra, a redução da jornada de trabalho, a da contribuição sindical e, principalmente, a questão do crescimento do emprego", informou.
Na reunião, acrescentou, os dirigentes sindicais também abordaram a necessidade de alterações no projeto que trata das agências reguladoras, em tramitação na Câmara. Ontem (15), o plenário da Casa foi transformado em Comissão Geral para debater essa questão. "Reivindicamos ao presidente da Câmara que as agências reguladoras tenham a participação de trabalhadores e de empresários, como em outros setores. E Chinaglia sugeriu a apresentação de emenda ao projeto nesse sentido", disse.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, a reunião foi fundamental para mostrar que existe uma unidade das centrais em torno de uma jornada pelo desenvolvimento: "A questão do crescimento e geração do emprego decente, com qualidade, unifica as centrais".Já o vice-presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, disse que as centrais estão também preocupadas com a questão da soberania nacional, em referência à compra de terras por empresas brasileiras com capital estrangeiro, para a produção de etanol. A lei, segundo ele, não faz restrição a essas aquisições de terras: "Não podemos permitir que isso continue acontecendo, temos que mudar a lei e não permitir que bote a raposa para tomar conta da galinha".

Fonte: Agência Brasil

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