sexta-feira, 21 de setembro de 2007

TST amplia para amanhã prazo para acordo nos Correios

O impasse entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e os funcionários grevistas da companhia continua. Não houve acordo entre as partes em assembléia de conciliação realizada hoje no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Com isso, o vice-presidente do Tribunal, ministro Milton de Moura França, estabeleceu que funcionários e empresa cheguem a um consenso até amanhã, às 10h, quando haverá nova reunião.
Segundo a assessoria do TST, o entrave na reunião de hoje ocorreu pelo fato de a ECT ter retirado a proposta feita ontem, que havia sido aceita pela comissão de negociações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). O motivo foi o fato de os sindicatos ligados à categoria não terem realizado assembléias ontem para analisar e aprovar a proposta, o que foi encarado pelos Correios como uma recusa dos termos.
Entretanto, os sindicalistas argumentaram que a proposta não havia sido recusada, mas que não houve tempo hábil para que os termos do acordo fossem transmitidos oficialmente para os trabalhadores em cada Estado, o que ocorreu somente após às 18h.
Diante do impasse, o ministro Moura França assumiu como sua a proposta feita ontem e retirada hoje pelos Correios. Os termos são os seguintes: reajuste salarial de 3,74%, abono salarial de R$ 500, além de aumento linear de R$ 60 a toda a categoria a partir de janeiro. O magistrado deseja que a empresa reconsidere a retirada da proposta e os sindicatos a aceitem em assembléia, para que um acordo possa ser firmado. Caso isso não ocorra até amanhã às 10h, o caso vai a julgamento pelo TST.
Os principais sindicatos farão assembléias na tarde de hoje para decidir sobre o assunto. A recomendação da comissão de negociações é que os trabalhadores aceitem a proposta, entretanto não é certo que a greve termine, já que não há consenso nem entre os negociadores. Ontem, a proposta foi aprovada por placar apertado: quatro dos sete integrantes da comissão aceitaram os termos.
A assembléia dos funcionários de São Paulo foi marcada para a tarde de hoje, na Praça da Sé, região central da capital paulista. De acordo com o presidente do Sindicato dos Funcionários dos Correios em São Paulo, José Rivaldo da Silva, a expectativa é de que a proposta seja aceita. "Temos que aprovar isso hoje, se não o caso vai para julgamento. Vamos defender a assinatura do acordo", afirma.

Fonte: A Tarde On Line

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