quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Brasil cria 205,2 mil vagas formais de trabalho

O ritmo da geração de empregos formais cresceu fortemente no mês passado, quando foram criadas 205.260 vagas com carteira assinada no país. Foi o melhor outubro da história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciado em 1992. O número de postos abertos superou em 75,1 mil o recorde anterior, pertencente a 2004.
No acumulado dos 10 primeiros meses do ano, o saldo está positivo em 1.812.252, também o melhor desempenho de toda a série — quase 16 mil vagas a mais que o recorde anterior, registrado no mesmo período de 2004. Os dados levaram o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a rever para cima a projeção para 2007. Segundo ele, o Caged deve fechar o ano com um saldo entre 1,6 milhão e 1,65 milhão — a estimativa anterior era inferior em 50 mil vagas. “Teremos o melhor final de ano da história. Todos os dados são consistentes”, afirmou o ministro. O melhor ano da história é 2004, quando o cadastro apontou a criação de 1,523 milhão de empregos formais.
Segundo o ministro, novembro deve registrar a criação de 100 mil postos com carteira assinada — o recorde para este mês é de 79 mil, em 2004. “Em dezembro (quando tradicionalmente há mais demissões que contratações), vai ser a menor queda da história”, apostou Lupi. No último mês do ano passado, por exemplo, o saldo do Caged ficou negativo em 317 mil vagas. Em dezembro de 2004, foram fechados 352 mil postos de trabalho formais.
Em outubro, o setor de serviços liderou o processo de expansão do emprego formal, com a contratação de 67.751 novos trabalhadores (um terço do total). Em seguida vieram o comércio (63.773, ou 31%) e a indústria (60.034, ou 29,2%). Todos esses segmentos também registraram o melhor mês de outubro de toda a série do Caged. Devido à entressafra, apenas na agropecuária houve fechamento de vagas (saldo negativo em 11.405 postos), embora no menor ritmo dos últimos quatro meses. O ministro lembrou que, apesar de negativo, foi o melhor desempenho do setor para os meses de outubro. “Embora tenha caído, a agricultura teve o menor número de demissões”, afirmou.
Acumulado
No acumulado dos 10 primeiros meses do ano, todos os setores da economia registraram saldo positivo no Caged. Serviços também lideram a geração de empregos nesse tipo de comparação, com 565.476 vagas, ou 31,2% do total. Em segundo lugar vem a indústria, com 540 mil vagas, (29,8%). De acordo com o ministro, outro destaque é a construção civil. De janeiro a outubro, o setor abriu 194.825 vagas com carteira assinada, o melhor desempenho para o período desde 1992. O recorde anterior era de 2005, com quase 62 mil postos a menos. “Acredito que até em dezembro a construção civil terá saldo positivo, o que será inédito”, afirmou Lupi. Segundo ele, além do setor imobiliário, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já estão criando empregos.
O Brasil se aproxima de atingir a casa dos 30 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado — os dados do Caged não incluem servidores públicos e militares. Em outubro, o cadastro apontou a existência de quase 29,5 milhões de postos formais. Desde janeiro de 2004, quando o mercado de trabalho brasileiro passou a crescer com maior vigor, a expansão do estoque é de 24%.

Fonte: Correioweb

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