sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Massa salarial sobe 11,97%

Rendimento do trabalhador somou R$ 43,5 bilhões em 2006, elevando o consumo e, conseqüentemente, a contratação de pessoal. O número de empregos formais cresceu 5,77% no ano passado em relação a 2005
Puxada pelo volume recorde de empregos formais e pela valorização dos rendimentos dos trabalhadores, a massa salarial registrou o maior crescimento desde 1995. De 2005 para 2006, a expansão chegou a 11,97%, atingindo o montante de R$ 43,5 bilhões. Esse aumento mostra que boa parte dos brasileiros estão com mais dinheiro no bolso e, conseqüentemente, vão às compras. Para atender o ímpeto consumista, as empresas investem mais em produção, o que se reflete na contratação de novos trabalhadores. Tanto é que, no passado, foram criados 1,917 milhão de empregos formais — o melhor resultado da série histórica da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), iniciada em 1985 — um acréscimo de 5,77% em comparação a 2005. O salário médio real dos trabalhadores saltou de R$ 1.167,81 para R$ 1.236,19 de dezembro de 2005 para 2006.
Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, os números da RAIS mostram que há um crescimento consistente na criação do emprego em praticamente todas faixas etárias e difundido por todo país, principalmente, nos estados da Região Nordeste. “Isso significa que nós estamos invertendo o êxodo rural, ou seja, o trabalhador está ficando onde mora”, conta o ministro. O desafio agora será qualificar o trabalhador. Atualmente, devido à falta de preparo, estão sobrando vagas no Sistema Nacional do Emprego (Sine) do ministério — o que cria um descompasso entre os desempregados e as empresas que buscam profissionais.
O setor de serviços foi o que mais contribuiu para a alta do emprego no ano passado, com a abertura de 719,1 mil novas vagas. Em segundo lugar aparece a indústria da transformação (461,3 mil), seguida pelo comércio (325,2 mil) e administração pública (177,9 mil). Por estado, as maiores taxas de crescimento foram apuradas em Tocantins (9,86%), Maranhão (9,32%), Pará (9,28%), Sergipe (8,89%) e Roraima (8,86%). A média da expansão do emprego no país é de 5,77%. O Distrito Federal foi o que registrou a menor taxa de elevação com apenas 2,83%. Foram criadas 25.220 vagas na capital federal. Ao apresentar os números da RAIS, Lupi defendeu da queda da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 11,25% ao ano, para estimular o crescimento econômico, a criação de mais postos de trabalho e distribuição de renda.
Fonte: Correio Braziliense

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