segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Denatran quer atenção para transporte rodoviário

No debate, o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Alfredo Peres da Silva, cobrou do Congresso Nacional uma regulamentação específica para o transporte rodoviário. “O uso de rebites (anfetaminas) já foi denunciado há muito tempo e até agora nada foi feito”, disse. O representante do Ministério dos Transportes na reunião, Jorge da Silva Neto, disse que vai levar as reivindicações ao conhecimento do ministro, Alfredo Nascimento.
A deputada Aline Corrêa (PP-SP), que pediu a realização da audiência - juntamente com o deputado Pedro Henry (PP-MT) -, defendeu que todos os setores envolvidos sejam ouvidos antes de se chegar a uma proposta de regulamentação.
O presidente da Comissão de Trabalho, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), convidou Aline Corrêa e Pedro Henry para reunião amanhã, às 17 horas, a fim de discutir uma estratégia para aprovar a regulamentação da carga horária dos motoristas.
Na audiência, também foi abordada a situação das estradas brasileiras. O representante da Confederação Nacional de Transporte (CNT) Bruno Batista apresentou um estudo da CNT sobre as estradas. Dos 87 mil km de rodovias analisadas, 74% apresentavam algum problema que pode colocar em risco a segurança dos motoristas (falhas de sinalização, pavimento ou geometria da via).
Dessas estradas, 54% tinham pavimento irregular; 65% apresentavam sinalização com problema; 42% não tinham acostamento; 12% tinham afundamento, ondulação ou buraco; e 89,6% tinham apenas pistas simples de mão dupla, o que comprometeria a segurança porque as estradas brasileiras não comportam o atual fluxo de veículos. Foram constatados problemas em 81% das rodovias federais e em 22% das rodovias com pedágio.
Em relação à conservação dos veículos, Batista informou que a idade média dos caminhões brasileiros é de 17 anos, o que gera problemas de manutenção.

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