segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

A criação das vagas privilegia a baixa qualificação

A criação de vagas no mercado de trabalho durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006) foi concentrada nas ocupações de baixa escolaridade e salários menores -- o surgimento de postos de trabalho para funcionários com maior qualificação foi muito menor. A conclusão aparece em um estudo realizado pelo próprio Ministério do Trabalho e divulgado neste domingo pelo jornal Folha de S. Paulo.
O levantamento mostrou as 15 atividades que mais geraram vagas e as 15 que mais fecharam postos nos quatro primeiros anos do governo Lula. O resultado indica que a alta do emprego formal foi reflexo da criação de vagas de baixa qualificação. As ocupações que mais cresceram foram as de vendedor do comércio varejista (315.000 novas vagas), de trabalhador de linha de produção (307.000) e auxiliar de escritório (287.000).
Entre as 15 ocupações que mais perderam vagas, onze são funções de supervisão e gerência, destinadas aos funcionários com maior grau de escolaridade. Cinco são ligadas ao setor bancário, que sofre fechamento de postos por causa de uma série de fusões. De acordo com o governo, o balanço de 2007 (que deve bater recorde no número de novas vagas) confirmará a tendência de criação de mais vagas de baixa qualificação.

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