terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Lula diz que PAC começa a criar empregos em março

Em seu programa de rádio, ele comemorou o aumento do trabalho formal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vão começar a gerar empregos a partir de março. Em entrevista ao programa de rádio Café com o Presidente, ele manifestou a vontade de transformar as regiões metropolitanas em um “canteiro de obras” em 2008 e comemorou o aumento no percentual de pessoas com carteira assinada. De 2003 para 2007, o índice de profissionais com registro passou de 39,7% para 42,4%, de acordo com dados do governo.

Sem citar as eleições municipais de outubro e a briga de aliados para concorrer às prefeituras das principais cidades do País, Lula afirmou que o andamento da obras do PAC está de acordo com as previsões feitas pelo Planalto. “Agora, no mês de março e no mês de abril, quase todas as obras que foram contratadas, o dinheiro empenhado, vão começar a gerar benefício para a população. Vai começar a acontecer exatamente aquilo que a gente queria”, disse. “Neste ano, vamos transformar as regiões metropolitanas e muitas outras cidades num canteiro de obras, gerando emprego e distribuição de renda.”


CRÍTICAS

Ao comentar a queda de 7,4% na taxa de desemprego em dezembro passado, Lula aproveitou para criticar a oposição. “Os dados mostram que aconteceu aquilo que todas as pessoas de bom senso esperavam, que a economia crescesse”, afirmou. “Lamentavelmente, no Brasil, temos um setor minoritário que passa dias, semanas e meses torcendo para que as coisas não dêem certo.”

O presidente salientou que está satisfeito com a “queda extraordinária” da taxa de desemprego. Mas, na previsão dele, as obras previstas no PAC vão permitir ao País dar um “salto de qualidade”, com um número maior de postos de trabalho.

Na lista de obras prioritárias do presidente estão as ferrovias Norte-Sul e Transnordestina, a refinaria de petróleo de Pernambuco, a terraplenagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e a construção de estaleiros.

“É para isso que tanto brigamos para chegar à Presidência”, afirmou. “O Congresso também quer isso, a sociedade também deseja e os trabalhadores reivindicam. A oposição precisa começar a compreender que é importante ela também torcer para que as coisas boas aconteçam no Brasil.” Lula disse que trabalha com a perspectiva de um “longo período” de crescimento econômico, para apagar, segundo ele, 26 anos de estagnação.

O presidente ainda fez um auto-elogio. “A vontade do povo e dos empresários e o acerto das coisas que estamos fazendo juntos estão provando que o Brasil, bem administrado, pode dar certo.”

O Estado de S. Paulo

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