segunda-feira, 21 de julho de 2008

Mercado Aberto

Previdência para menores sobe acima do mercado

Os planos de previdência privada complementar para menores de idade tiveram um crescimento de 28,14% entre janeiro e maio deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, acumulando contribuições na casa dos R$ 737,8 milhões.A alta superou a média do mercado no período, que registrou um crescimento de 20,17%, com captação de R$ 12,4 bilhões, de acordo com dados da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que reúne 89 bancos e seguradoras que operam no setor.

Esse ritmo de crescimento deve ser mantido no segundo semestre. Segundo Carlos André Guerra, vice-presidente da FenaPrevi e superintendente da Itaú Vida e Previdência, os investimentos dos filhos são sempre considerados uma prioridade e isso contribui para o crescimento acima do mercado e para a estabilidade das reservas.

EMPREGO
O contact center não pára de contratar. A Atento fechou o primeiro semestre com 32.245 novas contratações, alta de aproximadamente 11% ante o mesmo período do ano passado. A empresa possui cerca de 70 mil funcionários.

"O índice de resgate nesse produto é muito inferior aos planos individuais e corporativos. Mesmo naqueles momentos de dificuldade, as famílias raramente utilizam os recursos que acumularam pensando no futuro dos pequenos", afirma. Segundo ele, esse perfil é observado principalmente entre as mães.

Cada vez mais, as novas gerações de pais têm buscado esse tipo de produto, que passou a ocupar espaço da poupança.

De acordo com Guerra, as pessoas não estão retirando dinheiro da caderneta para transferir para os planos de previdência privada. Mas ele afirma que tem havido uma redução na procura pelas cadernetas de poupança ao mesmo tempo em que a busca pelos planos tem aumentado.

Outro fator que deve contribuir para o deslocamento da poupança é a rentabilidade da previdência privada. "Os planos de renda fixa são indexados ao CDI e o cliente tem ainda a opção da renda variável", afirma Guerra.

Construção civil atinge 2 milhões de trabalhadores contratados

A construção atingiu 2 milhões de empregos com carteira assinada em maio deste ano, o que significa novo recorde em número de trabalhadores contratados. Em 12 meses, o crescimento foi de 17,57%.

João Claudio Robusti, presidente do SindusCon-SP, afirma que o boom do setor, que se iniciou em São Paulo, começa a se espalhar com mais intensidade por outros Estados.

Segundo dados reunidos pelo sindicato, Centro-Oeste, Sudeste e Norte cresceram acima da média nacional em 12 meses, com avanço de 23,25%, 18,37% e 17,67%, respectivamente.

"O Norte e o Centro-Oeste eram regiões que não haviam sido descobertas e agora vemos investimentos maciços na construção civil, puxados pelo PAC e pelo mercado imobiliário", diz Robusti.

Os Estados em que a mão-de-obra contratada na construção civil mais cresceu no período foram Mato Grosso do Sul (36,92%), Tocantins (26,63%), Mato Grosso (25,16%), Maranhão (22,12%) e Roraima (21,83%). Em São Paulo, no acumulado em 12 meses, o avanço foi de 21,09%.

Quanto à evolução do setor, o SindusCon-SP prevê expansão de 10% no PIB da construção civil em 2008, contra avanço em 2007 de 7,9%. No ano que vem, no entanto, Robusti diz que o crescimento pode ser prejudicado pela alta de juros.A inflação é outro motivo de preocupação dos empresários, segundo o sindicato. Robusti afirma que o setor estuda medidas para tentar diminuir a alta de preços na construção.

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