sexta-feira, 13 de março de 2009

Pesquisa da CNI mostra efeitos da crise sobre empresas e empresários

Renata Zago

Mais de 80% das empresas se dizem impactadas pela crise fincanceira que se espalhou pelo mundo desde outubro do ano passado. É o que revela uma pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a qual também constatou que, para 38% dos empresários, os impactos aumentaram e para 17% deles, aumentaram muito. Dentre os ouvidos pela pesquisa, 58% acreditam que a crise se intesificou sobre a economia brasileira.

Das 431 empresas entrevistadas, 80% adotaram medidas em relação a seus trabalhadores frente à crise. Demissão de empregados e suspensão de serviços terceirizados totalizaram 54% das providências e 53% suspenderam as contratações planejdas. As expectativas de 36% dos empresários é de mais demissões e suspensões de serviços terceirizados, enquanto 24% deles esperam reduzir os salários e a jornada de trabalho.

As medidas governamentais não convenceram 40% dos consultados. Para eles as medidas adotadas pelo Banco Central para atenuar a escassez e o encarecimento do crédito não foram efetivas. Mais da metade dos empresários, no entanto, acredita que os efeitos das ações do governo têm efeito moderado. A redução de tributos é o foco que o governo deve assumir para 63% dos entrevistados, enquanto 51% acreditam na redução de juros e do spread bancário como melhor forma de contornar a crise.

Menos de 1% dos empresários dizem que não há mais crise. Para 21%, ela terminará no segundo semestre de 2009 e 35% creem que a crise só acaba em 2010. Acreditam que o fim da crise está longe, 12% dos entrevistados, para os quais ela só acaba após 2010.

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