sexta-feira, 24 de abril de 2009

Cresce emprego no comércio de São Paulo

Renata Zago

Contra a tendência de queda, os setores de Farmácia e Perfumes e Supermercados, do estado de São Paulo, geraram empregos durante o mês de março. O volume de empregados subiu 7,7% e 5,6% respectivamente, em relação ao mesmo período de 2008.

A aceleração puxou o índice de emprego no setor varejista da Grande São Paulo que aumentou em 5,9 pontos percentuais, segundo dados da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), divulgados nesta sexta-feira (24), em pesquisa baseada nos dados oficiais do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho.

"Como houve uma expansão de crédito forte nos anos anteriores, alguns setores, como o automotivo, cresceram mais. Assim, eles acabavam contaminando os outros através do aumento da renda", disse Fábio Pina, economista da Fecomércio. Segundo ele, farmácias e supermercados não foram atingidos de imediato pela redução do crédito, mas com a permanência da restrição ao crédito, esses setores começam a sentir efeitos da crise econômica "em cadeia".

Outro fator que ajuda esses setores é que o consumidor, temeroso em assumir dívidas diante do atual cenário econômico, adquire mais produtos não-duráveis neste momento. "Isso só muda quando ele percebe que a crise não está passando. Aí ele passa a poupar tudo", disse o economista.

Quanto ao setor automotivo, "os dados que estão sendo divulgados não são ruins. Ele já tem um aquecimento, que tem efeito multiplicador. O governo atuou pontualmente e houve algum efeito. A tendência é que pare de piorar e haja um aumento, mas só saberemos quando houve essa virada quando sairmos da crise", disse Pina.

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