sexta-feira, 24 de abril de 2009

São mais de 2 milhões de desempregados nas seis regiões metropolitanas

Camila Santos

A taxa de desemprego no país registrou em março sua terceira alta consecutiva, é o que revela a Pesquisa Mensal do Emprego (PME) divulgada hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Refletindo a piora da situação econômica mundial, o indicador passou de 8,5% em fevereiro para 9,0% no mês passado, na maior taxa desde setembro de 2007 (9,0%).

Os mais afetados com o aumento do número de desempregados foram os jovens, sobretudo os com escolaridade entre oito e dez anos de estudo- têm a maior taxa de desocupação, de 11,3% em março, contra 10,3% em fevereiro. "É o grupo que mais sofre com a crise, por causa da falta de qualificação e de experiência" , afirmou Cimar Azeredo, gerente PME.

A taxa de desocupação para os jovens entre 16 anos e 24 anos atingiu 21,1% em março, acima dos 18,9% de fevereiro, é o maior patamar desde de agosto de 2007 (21,7%). Com a alta, o número de desempregados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas ultrapassou a marca de 2 milhões de pessoas, com 141 mil a mais sem emprego em relação a fevereiro. Se comparada a março de 2008, a população desocupada no mês passado teve acréscimo de 130 mil pessoas.

Já para aqueles com escolaridade superior a 11 anos de estudo, a situação é apenas um pouco melhor, com desocupação de 9,2% em março, contra 8,6% em fevereiro. Azeredo lembra que é nessa faixa que se encontra o estudante universitário com menos de 24 anos, que procura trabalho, mas sofre com a falta de experiência.

Os dados do Instituto mostram que houve estabilidade no emprego com carteira assinada no setor privado, em 9,3 milhões de trabalhadores (44,5% da população ocupada). Na comparação entre março e fevereiro, a estabilidade estendeu-se também a empregados sem carteira assinada (12,5%), militares e funcionários públicos (7,9%) e trabalhadores por conta própria (18,8%).

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