sexta-feira, 3 de abril de 2009

Deficientes também trabalham

Renata Zago

Pessoas com deficiência também têm direito a trabalhar. Nesta quinta-feria (02) teve início a Reatech, uma feira de inclusão, reabilitação e acessibilidade reconhecida mundialmente. Ela reúne empresas dispostas a contratar funcionários com algum tipo de deficiência. Neste ano, serão oferecidas cerca de 6.500 mil vagas. Em 2008, foram quase 8.000 postos, mas apenas 500 foram preenchidos.

"Há vagas para todas as deficiências, mas é difícil encontrar um profissional que tenha aquele exato perfil", explicou o diretor da feira, Rodrigo Rosso. "Faltam profissionais capacitados e por isso as contratações são demoradas", completou.

Segundo Rosso, os deficientes mentais são geralmente chamados para empacotadores de supermercados. Já os deficientes auditivos podem ir para linhas de montagem. "Esta dependência do tipo de função relacionado com o tipo de deficiência é o que impede o aumento do número de contratações. Os deficientes visuais, por exemplo, são muito procurados para telemarketing", disse.

A lei de cotas determina que as empresas com mais de 100 funcionários devem reservar 2% das vagas para pessoas com deficiência. A supervisora de desenvolvimento de pessoas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Maria Lúcia Narciso Russo, afirmou que é um desafio constante combinar o conhecimento e a habilidade de cada deficiente com um determinado cargo. "Contratar deficientes não é apenas ocupar um espaço ou cumprir a lei e, sim, dar dignidade para um cidadão. Por isso, temos muito cuidado para encontrar uma pessoa com o perfil da vaga, para que ela possa se sentir produtiva", declarou.

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