terça-feira, 14 de abril de 2009

Emprego em indústria volta a crescer

Camila Santos

Pesquisa divulgada hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revelou que a industria paulista gerou 7,5 mil vagas de trabalho em março, interrompendo uma série de cinco meses de retração no setor. Esse número representa uma alta de 0,31% em relação a fevereiro, desconsiderando o ajuste sazonal.

Considerando os dados com ajuste sazonal, que elimina características específicas de cada período, a baixa no emprego no mês passado foi de 0,2%. Em relação a março do ano passado, a queda no nível de emprego foi de 5,34%, o que representa um corte de 133 mil vagas nesta base de comparação.

Diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas Econômicas) da Fiesp, Paulo Francine, afirma que o pior já passou. "A fase mais crítica da redução do emprego passou. Esta é uma fase mais suave e tende para a neutralidade."

No mês passado, dos 22 setores, 16 tiveram desempenho negativo, cinco mais contrataram que demitiram e um ficou estável. O que mais contratou foi o de fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, com 23,9% de alta no nível de emprego, seguido por produtos alimentícios, com 9,7%. Os que mais demitiram foram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos, com queda de 2,7%, e metalurgia, com recuo de 2,6%.

A recuperação do emprego no mês de março está diretamente ligada à nova safra de cana-de-açúcar e às indústrias de álcool e alimentos. As usinas criaram cerca de 27 mil vagas no mês. Sem este setor, a indústria paulista teria perdido aproximadamente 9.500 vagas no mês de março.

A Fiesp também divulgou hoje o Sensor Fiesp, que é o indicador de perspectivas futuras da indústria paulista da primeira quinzena de abril. O índice atingiu 49,5 pontos, contra 50,3 pontos verificados na segunda quinzena do março. O índice varia entre 0 e 100 pontos, sendo que acima de 50 pontos indica otimismo e, de 50 para baixo, pessimismo.

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