quinta-feira, 16 de abril de 2009

Tecnólogos querem reconhecimento e regulamentação

Renata Zago

Os cursos de tecnologia cresceram 21% de 1994 a 2007. No mesmo período, todos os cursos de ensino superior cresceram apenas 6%. Hoje, são 3.702 cursos de tecnologia em todo o Brasil.

Em audiência pública realizada hoje pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Públio, os convidados debateram a regulamentação da profissão de tecnológo. Para o autor do projeto de lei 2.245/07, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), "quem muda primeiro é a sociedade, depois o parlamento e a lei".

Segundo o assessor da Confederação Nacional da Indústria, Marcos Formiga, no Brasil existe a "síndrome da matemática: os alunos não querem cursos relacionados a isso porque os professores não sabem transmitir esses conteúdos". Para o presidente do Conselho dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (CONCEFET), Paulo Cesar Pereira, "a não regulamentação da profissão de tecnólogo tem comprometido o desenvolvimento do país".

O presidente da Associação Nacional dos Tecnólogos, Jorge Guaracy, afirmou temer a forma como o projeto foi apresentado. "Sem discussão com as entidades representativas, o projeto pode ferir o princípio constitucional de livre exercício das profissões. Isso pode ser um empecilho para o reconhecimento dos tecnólogos". Já o presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), Marcos Túlio de Melo, disse que o projeto está adequado às questões da regulamentação, principalmente por não indicar a criação de um conselho único para todas as áreas da profissão.

Os convidados contestaram o artigo 6° do PL, que confere ao Ministério do Trabalho e Emprego o registro profissional. Para Marcos Túlio " isso já está ultrapassado. Hoje, quem faz o registro são os conselhos profissionais".

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