quinta-feira, 21 de maio de 2009

Fábricas ocupadas

Camila Santos

Audiência pública realizada ontem na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público debateu as experiências de fábricas ocupadas e a gestão de trabalhadores. Entre os convidados estavam presentes a Coordenadora Nacional de Organização e Projetos do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH), Cynthia Maria Pinto da Luz, o Coordenador do Conselho de Fábricas da Flaskô, Pedro Santinho, e o Secretário Nacional de Economia Solidária (Senaes), Paul Israel Singer.

A situação dos trabalhadores da fábrica da Flaskô, localizada em Sumaré, região metropolitana de Campinas, está difícil. Como explica Pedro Santinho, a justiça determinou o pagamento de dívidas antigas, “de maneira arbitrária e sem negociação”, causando prejuízos enormes, com a perda do dinheiro do vale- transporte e da refeição dos trabalhadores.

O secretário do Senaes, Paul Singer, afirmou que há pouco contato com o movimento das fábricas ocupadas. Contudo, ele aponta que a falta de uma lei que regule essas fábricas dificulta a adoção de medidas propositivas. “Nenhum banco público pode conceder crédito para uma empresa como a de vocês, pois não estão dentro da lei. Ter alguma maneira de legalizar isso é a condição de não só continuar, mas de não estarem com a espada em cima de vocês, dependendo de decisões judiciais, que ninguém sabe quando e como vão acontecer”.

Ele pediu mais tempo para se discutir alternativas e mostrou- se disposto a ajudar na causa dos trabalhadores de fábricas ocupadas. “Vai ter luta, mas vocês têm apoio e por isso não estão fadados a perder.”

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