terça-feira, 23 de junho de 2009

Desemprego sobe em maio

Camila Santos

O desemprego nas seis regiões metropolitanas do Brasil foi estimado em 3 milhões de pessoas em maio, 17 mil a mais do que em abril. Esse aumento no número de desempregados, porém, não foi suficiente para alterar a taxa de desemprego, que seguiu em 15,3%, informou hoje pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal a taxa de desemprego deverá fechar o ano maior que a de 2008, mas longe de subir como em outros países, apontaram economistas do Seade e do Dieese.

"Entramos mais tarde na crise, que chegou aqui no final do ano, quando países já patinavam há cerca de um ano, e aparentemente sairemos antes. O que não significa, porém, que nos recuperaremos rápido", explicou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.

Houve criação de 60 mil vagas nos serviços, 19 mil na construção civil e 12 mil nos outros setores. O comércio se manteve praticamente estável (criação de 5 mil vagas) e a indústria fechou 16 mil vagas.

Pesquisa Dieese
O contingente de desempregados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas --Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo-- no mês passado foi estimado em 3,298 milhões de pessoas, 41 mil a mais do que no mês anterior. A criação de vagas foi de 81 mil, porém insuficiente para absorver a entrada de 97 mil pessoas no mercado de trabalho.

Já o nível de ocupação no país cresceu 0,5%. O total de ocupados nas seis regiões investigadas foi estimado em 17,096 milhões de pessoas, e a PEA (População Economicamente Ativa), em 21,192 milhões.

Em São Paulo, a taxa de desemprego ficou em 14,8% em maio, ante 15% de abril, sendo que o contingente de desempregados estimado foi de 1,564 milhão de pessoas, 4.000 a menos do que o mês anterior.

Estimativas
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) afirmou nesta segunda-feira que espera fechar o semestre com a geração de 350 mil a 400 mil novos empregos. Para tanto, em junho o país precisa criar cerca de 200 mil vagas formais.

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