terça-feira, 28 de agosto de 2007

Déficit da Previdência cresce 3,4% de janeiro a julho

A receita líquida da Previdência Social teve crescimento de 10,1% de janeiro a julho deste ano, para R$ 74,710 bilhões, superando inclusive o aumento de 8,4% das despesas no período, que somaram R$ 98,938 bilhões. Mas o déficit da Previdência no acumulado do ano teve elevação de 3,4%, para R$ 24,228 bilhões.
De acordo com o secretário de Políticas de Previdência, Helmut Schwarzer, o resultado deve-se ao avanço dos gastos com sentenças judiciais, que tiveram alta de 25,7% na Justiça Federal e de 44,6% na Justiça Estadual. Nos primeiros sete meses do ano, as despesas com sentenças atingiram R$ 4 bilhões, valor próximo ao inicialmente previsto para todo o ano de 2007. Somente em março, o pagamento de precatórios totalizou R$ 1,5 bilhão. Para Schwarzer, apesar do aumento do déficit, o desempenho pode ser considerado positivo. "Nos quatro anos anteriores, as despesas sempre aumentaram mais fortemente que a receita", explicou.
Desaceleração
Ele ressaltou ainda que o crescimento do déficit mantém um movimento de desaceleração. "O déficit da Previdência Social não está fora de controle", declarou. No acumulado do ano, tanto aposentadorias urbanas quanto rurais apresentam déficit, respectivamente de R$ 7,142 bilhões e de R$ 17,086 bilhões. A projeção para 2007 é de um déficit de R$ 44,8 bilhões, ante R$ 43 bilhões em 2006.
O valor médio real dos benefícios previdenciários em julho foi de R$ 558,79, o maior da história da Previdência. Se comparado ao resultado de 2000, quando o valor médio foi de R$ 467,01, o crescimento é de 19,7%. Do total de benefícios pagos pela Previdência Social em julho, 68% corresponderam ao valor de um salário mínimo. Na área urbana, 45,4% dos benefícios tiveram como valor um salário mínimo, e na área rural, o porcentual é de 99,1% dos benefícios. A maioria dos benefícios assistenciais (99,5%) também teve como valor pago em julho o salário mínimo.
Fonte: Estadão

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