quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Baixa qualificação profissional agrava desemprego

O deputado Eduardo Valverde(PT/RO) disse nesta terça-feira(13),no Plenário da Câmara, que é preciso investimentos na qualificação profissional. Isto porque, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(IPEA), faltam profissionais qualificados para preencherem as vagas oferecidas. Das 450 mil vagas de trabalho oferecidas, apenas 329 mil foram ocupadas. De acordo com Valverde, se de um lado o Brasil passa por um momento de crescimento econômico, o que tem alavancado seu desenvolvimento e ampliado o mercado consumidor, por outro lado, falta mão-de-obra qualificada, principalmente nos setores têxteis, siderúrgicos, extração mineral, produtos mecânicos.
"São Cento e dezessete mil postos de trabalho que não estão sendo ocupados. Esses postos não são atividades de ponta, mas setores têxteis, siderúrgicos, extração mineral, produtos mecânicos. É a economia básica que está precisando de trabalhadores e trabalhadoras qualificadas", ressaltou.
Com o problema gerado, o petista questiona. "O que fazer para que em pouco tempo, se qualifique o trabalhador?" Em sua opinião, a saída é investir em cursos profissionalizantes e na ampliação de escolas técnicas federais, principalmente nos ensinos médio e tecnológico e no tecnológico superior, que a curto e médio prazo resolverão o problema do déficit de trabalhadores.
Para Valverde, o Governo Federal não tem fechado os olhos para esses números, tanto que o Presidente Lula ampliou para 147 novas escolas técnicas federais, visando permitir ao jovem que termina o ensino fundamental fazer o ensino médio profissional nos institutos federais de tecnologia, ou cursar o tecnológico superior.
" A indústria exige mão-de-obra especializada e com perfil diferente, adequado aos novos contextos mundiais e nacionais. Com essa percepção, precisamos dar a oportunidade de nossos jovens serem absorvidos pelo mercado de trabalho", observou.
Na ocasião, Eduardo Valverde pediu aos empresários que entrem nessa luta, por destinar parte de seus lucros à qualificação. Do lado do Governo, Valverde sugeriu a utilização de parte do Fundo de Amparo ao Trabalhador(FAT) para a profissionalização, o que segundo ele, evitaria a ocorrência de um "apagão profissional".

Fonte: Na Hora Online

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