quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Desemprego é o menor desde julho de 1998

O Distrito Federal registrou o maior recuo do desemprego em julho entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Secretaria de Trabalho. A diminuição de 16,9% para 15,8% na taxa decorreu do aumento de 4,2% na oferta de vagas na construção civil e de 3,3% nas contratações no setor serviços. Esse é o menor índice de desemprego registrado no mês de julho desde 1998.

A despeito do recuo, Brasília se mantém como a terceira cidade com a maior taxa de desemprego, atrás de Recife (21,6%) e Salvador (20,4%) e à frente de São Paulo (14,1%), Porto Alegre (11,9%) e Belo Horizonte (9,6%). Em um mês, 10 mil pessoas passaram a fazer parte da população economicamente ativa. Mesmo assim, a ocupação foi ampliada em 2,1% ante junho, o que representa 23 mil trabalhadores empregados no período. Esse contingente ficou distribuído entre a construção civil (4,2%), serviços (3,3%), indústria (2,3%), administração pública (1,1%), comércio (0,6%) e outros (-0,9%).

Já o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados avançou 1,1% no DF, passou de R$ 1.658 para R$ 1.676. A maior alta foi em Recife (2,3%, passando a valer R$ 730), seguida por Porto Alegre (1,9%, R$ 1.134) e Belo Horizonte (1,8%, R$ 1.100). Em Salvador (R$ 936) a média se manteve estável e em São Paulo houve uma diminuição de 2,3% ( R$ 1.205).

A coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Dieese no DF, Adalgiza Lara, explicou que as ocupações aumentaram mais no grupo 3, que incluem cidades como Brazlândia, Ceilândia e Recanto das Emas. “O Plano Piloto não concentra mais o crescimento das ocupações. A ampliação do comércio e do setor de serviços nas cidades afastadas aparece mais nas pesquisas”, afirmou. Para ela, o crescimento tímido do rendimento médio real comprova a análise, pois foram criados mais empregos, mas com valores salariais menores.

Correio Braziliense

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