quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Editorias- Boas Novas

vas O país fecha o mês de agosto com motivos de sobra para comemorar o bom desempenho da economia nacional. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, as conseqüências dos ótimos resultados do mercado de trabalho começam a refletir também na renda do trabalhador. Conforme a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada ontem, em julho foi registrada, por aqui, pelo segundo mês consecutivo, a menor taxa de desocupação desde que o estudo foi criado. O levantamento revela, ainda, uma consolidação da formalização e, especialmente, uma recuperação significativa do rendimento dos ocupados. Os salários saltaram 9,6%, na mesma base de comparação, atingindo R$ 1.142, o maior valor para o mês.

A melhoria salarial, aliás, beneficia praticamente todas as categorias de trabalho da RMBH. E esta é a maior prova de que, quando é criado um ciclo virtuoso, todos têm a ganhar. Com a queda do desemprego, de fato, o profissional qualificado e experiente tem todas as condições de aumentar sua renda, pois as empresas preferem mantê-lo, mesmo pagando mais, do que investir na formação de um novo funcionário para o cargo.

As estatísticas, realmente, comprovam que, no ano passado, com o desemprego menor, 97% das categorias de trabalhadores tiveram aumentos acima da inflação. Com a demanda aquecida, a indústria mineira agora já trabalha para o Natal e as festas de fim de ano. E, com a oferta de crédito acelerada, a tendência é o crescimento do consumo, especialmente entre a chamada nova classe média. Portanto, céu de brigadeiro à vista para vários segmentos da sociedade neste segundo semestre.

A outra boa nova é que a inflação de agosto, medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,32%, a menor taxa para esse índice desde abril de 2006. Interessante notar que o Projeto de Lei Orçamentária 2009, também entregue ontem ao Congresso pelo Ministério do Planejamento, prevê uma redução da inflação medida pelo IPCA de 6,4% para 4,5% no acumulado deste para o próximo ano. Para o salário mínimo, perspectivas mais que otimistas, com a previsão de que ele passe dos atuais R$ 415,00 para R$ 464,72.

Por fim, a economia da União, Estados e municípios para pagar os juros da dívida pública, o chamado superávit primário, bateu novo recorde nos primeiros sete meses do ano. Este desempenho, entretanto, nada mais é do que a conseqüência do elevado nível de arrecadação tributária observado nos últimos meses, no país campeão dos impostos em todo o mundo.

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