quinta-feira, 7 de maio de 2009

Audiência pública trata do setor fumageiro

Camila Santos

O setor fumageiro está sentindo os reflexos negativos da crise econômica mundial. Este ano, as indústrias de fumo estão encontrando problemas para obter créditos bancários e, assim, comprar o tabaco dos agricultores, fato que gerou demissão de cerca de nove mil trabalhadores.

Segundo o diretor de agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, o banco vem mantendo a assistência no setor com o aumento do financiamento dado as empresas, mas encontra dificuldades de aumentar o financiamento devido às regras bancárias.

"O Banco entende que o setor passa por dificuldades, mas aumentou o financiamento em relação a 2008", revelou. Para Vaz a solução para resolver o problema no setor seria a entrada de outros agentes que complementem a assistência do banco. Para este ano, disse "já reservamos R$ 1 bilhão para a próxima safra".

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Fumo e Alimentação, Sérgio Pacheco, o município de Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, "vai parar". Ele afirmou que cerca de 200 mil famílias de pequenos produtores não têm a quem vender o produto, o que influencia o movimento no comércio, prejudicando toda a cidade.

Para o deputado Sérgio Moraes "falta pulso do governo para garantir que vai ter dinheiro para os setor". "Dinheiro para rico sempre tem, dinheiro para pobre sempre falta", conclui.

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