Cresce 4,88% o número de empregados com carteira assinada

Renata Zago

O número de empregos formais registrados no Brasil alcançou 39,4 milhões em dezembro de 2008, um crescimento de 4,88% em relação ao estoque de emprego de dezembro de 2007. Esse desempenho mostra o acréscimo de 1,8 milhão de postos de trabalho formais em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2008, divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Os setores que apresentaram os melhores desempenhos, em termos absolutos, foram os Serviços, com a criação de 645,6 mil postos (+5,41%), o Comércio, com 483,2 mil novos postos (+7,06%), a Construção Civil, que gerou 296,6 mil postos (+18,33), e a Indústria de Transformação, com 228,7 mil novos postos de trabalho. Em termos relativos, o melhor desempenho foi o da Construção Civil, com crescimento de 18,33% (+296,6 mil postos de trabalho).

"Em 2009 chegaremos à marca de 40 milhões de empregos formais no Brasil. Só no governo Lula foram gerados 10,7 milhões de empregos formais no país. Tivemos o quarto melhor resultado em 20 anos", comentou Lupi.

O rendimento real médio do trabalhador brasileiro aumentou 3,52% em relação a dezembro de 2007, como resultado dos aumentos nas remunerações médias recebidas por homens (+3,62%) e mulheres (+3,52%).

Entre as regiões, o Sudeste apresentou a maior desaceleração do crescimento do emprego em relação ao ano de 2007 (+1,4 milhão de postos, ante 830,1 mil postos em 2008), devido à crise financeira mundial, que atingiu mais intensamente a indústria de transformação do país. Já a região Norte aumentou em 6,41% (+125,4 mil postos) o número de vagas de trabalho.

*A RAIS foi criada pelo Decreto nº 76.900/75, e sua principal função é viabilizar o pagamento dos trabalhadores com direito ao benefício do Abono Salarial (salário mínimo a mais pago aos trabalhadores que contribuem para Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep)).